Nova diretoria da PPSA é nomeada

As nomeações dos novos diretores da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural, a PPSA – Pré-Sal Petróleo S.A., para o triênio 2016-2019, foram publicadas nesta quarta-feira (16/11) no “Diário Oficial da União”. Os novos diretores, indicados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) têm sólida formação acadêmica, além de grande e diversificada experiência na indústria de petróleo e gás no Brasil e no exterior, sendo dois deles já integrantes da alta administração da PPSA.

Para diretor-presidente foi nomeado o engenheiro Ibsen Flores Lima; para o cargo de Diretor de Gestão de Contratos, foi nomeado o Geólogo Hercules Tadeu Ferreira da Silva; para o cargo de Diretor de Técnica e Fiscalização, foi nomeado o engenheiro Paulo Moreira de Carvalho; e para o cargo de Diretor de Administração, Controle e Finanças, foi nomeado o engenheiro Leandro Leme Junior.

No momento em que toma posse, a nova diretoria assume o compromisso com a continuidade das atividades no contrato de Libra e nos próximos contratos a serem firmados; com a celeridade em celebrar os acordos de individualização da produção, e com a conclusão e implantação da política de comercialização de óleo e gás da União, preservando e consolidando a competência técnica já reconhecida da equipe da PPSA.

Nossos agradecimentos aos Diretores que concluem seus mandatos agora, os Engenheiros Oswaldo Antunes Pedrosa Junior (Diretor Presidente), Edson Yoshihito Nakagawa (Diretor Técnico e de Fiscalização) e Antônio Cláudio Pereira da Silva (Diretor Financeiro e de Administração). Agradecemos também ao Geólogo Renato Marcos Darros de Matos (Diretor de Gestão de Contratos), que já havia deixado o cargo.

A Pré-Sal Petróleo S.A. foi criada em 1º de agosto de 2013 pelo decreto 8.063 e teve a nomeação de sua diretoria executiva publicada no DOU em 7 de novembro de 2013. A empresa é uma sociedade anônima de capital fechado, vinculada ao MME e com foco em três grandes pilares: 1) gestão dos contratos de partilha de produção, 2) representação da União nos acordos de individualização da produção e 3) gestão da comercialização do petróleo e gás natural da União.

Veja o currículo resumido dos novos diretores:

Ibsen Flores Lima – Diretor-presidente

Ibsen Flores Lima possui graduação em engenharia mecânica pela UFRJ (1977), Administração de Empresas pela UFRJ (1989) e MBA em gestão empresarial pela FGV (2000). Atuou na Petrobras na área de Produção de Petróleo e Gás por 37 anos, com ênfase em Instalações de Produção em campos de produção terrestres e marítimos nas Bacias do Espírito Santo e Campos. Possui experiência gerencial nas áreas de operações de produção, desenvolvimento da produção, gestão de projetos e desenvolvimento tecnológico. Foi Gerente de Implantação de Projetos de Produção da Bacia de Campos de 1992 a 1998, quando foi responsável pela implementação do processo de gestão de projetos naquela Unidade. Gerente do Núcleo de Produção de Albacora de 1998 a 2000, Gerente de Instalações de Superfície do Ativo Marlim de 2001 a 2004. Gerente do Ativo Golfinho de 2004 a 2008, Gerente de Engenharia de Produção da Unidade de Operações de Exploração e Produção do Rio de Janeiro, de 2008 a 2010, e Gerente Geral de Instalações e Processos de Produção do E&P na sede da Petrobras de 2010 a 2015.

Hercules Tadeu Ferreira da Silva – Diretor de Gestão de Contratos

Formado em Geologia pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Rio Claro em 1979. Tem Ph.D. em Geologia pela The University of Texas at Austin, EUA, em 1993. Ingressou na Petrobras em 1980 na Bahia onde trabalhou com operações de poços e intepretação geológica e geofísica por 10 anos antes de ir para os EUA. Foi Gerente de Geologia nas Bacias de Sergipe-Alagoas entre 1995 e 2000. Foi Gerente de Exploração no Espírito Santo entre 2000 e início de 2005. Posteriormente, foi Diretor-Geral da Petrobras em Angola de 2005 a 2009. Foi Diretor Geral da Petrobras na Turquia de 2009 até 2011. Aposentou-se da Petrobras em julho de 2011. Atuou como Diretor de Desenvolvimento de Negócios e de Negócios Corporativos da PetroRecôncavo (maior operadora de produção onshore do Brasil) entre 2011 e 2014. Atuou como consultor na área de campos maduros. Foi vice-presidente do Comitê de Petróleo e Gás Natural da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) entre 2014 e e 2015. Assumiu a Gerência Executiva de Contratos da PPSA em maio de 2015 para lidar com os acordos de individualização da produção. Tem dezenas de artigos publicados na área de Geociências. Fez parte da banca examinadora de um grande número de teses de mestrados e de uma dissertação de doutorado. Como parte do desenvolvimento profissional participou, entre outros cursos, do Columbia Management Program – Universidade de Columbia, EUA (2000), Amana-Key (2004), do Iraq Mega Projects (2010) e do Global Energy Seminar, Universidade de Harvard (2010).

Paulo Moreira de Carvalho – Diretor de Técnica e Fiscalização

Paulo Moreira de Carvalho possui graduação em Engenharia Química pela UFRJ (1978), mestrado em Engenharia de Petróleo pela Unicamp (1993) e doutorado pela The University of Texas at Austin (1998). Possui também relevante formação gerencial com destaque para os seguintes diplomas de Advanced Management Program’s: Thunderbird (Phoenix, EUA, 2003), Amana-key (São Paulo, Brasil, 2004) e INSEAD (Fontainebleau, França, 2005). Tem mais de 35 anos experiência na área de engenharia de petróleo com ênfase em métodos de produção, elevação natural e artificial de petróleo, e escoamento de fluidos. Possui consolidada experiência em projeto e operação de unidades estacionárias de produção offshore (FPSO e semi-submersíveis) assim como sistemas submarinos associados. Foi gerente do ativo Akpo na Nigéria tendo atuado como representante da Petrobras na Total durante a engenharia básica do projeto de desenvolvimento de produção do bloco OPL-246 na Doris Engineering em Paris, de 2001 a 2005. De 2006 a 2009 foi o gerente geral da Petrobras Turquia Oil & Gas BV, tendo sido o responsável por sua implantação na capital Ankara. Atuou como operador de projeto de exploração de dois blocos em águas profundas no Mar Negro. Posteriormente foi gerente geral de tecnologia e inovação e gerente geral de logística para o pré-sal na Petrobras Transporte – Transpetro no período de 2009 a 2014. Aposentou-se da Petrobras em 2014 e, desde então, é o superintendente de desenvolvimento e produção na PPSA.

Leandro Leme Junior – Diretor de Administração, Controle e Finanças

Graduado em engenharia civil pela USP, pós-graduado em engenharia de petróleo pela Universidade Petrobras e MBA na Business School, Toronto University, além de cursos de Supply Chain Management pela Michigan State University e Drilling and Completion Wells pela Murchinson School, Albuquerque, EUA. Tem mais de 35 anos de experiência em engenharia de petróleo com ênfase nas áreas de perfuração e completação de poços, e na cadeia de suprimento e logística de E&P. Ocupou diversas posições gerenciais na Petrobras no Brasil e no Exterior, dentre elas a gerência de Contratação e Logística de E&P da Área Internacional, abrangendo Brasil, Colômbia, Angola, Tanzânia, Nigéria, Turquia e Portugal, atuando com contratos sob o regime de Concessão e Partilha de Produção. Foi coordenador do Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo no Espírito Santo (PROMINP) e professor do curso de pós-graduação em engenharia do petróleo do IBP. Também foi Gerente Executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde na OGX Petróleo e Gás interagindo com órgãos estaduais, IBAMA e ANP para implantação de projetos nas Bacias de Campos, Santos e Parnaíba. Atuou também em serviços de consultoria no gerenciamento de empresas no segmento Naval e da indústria de Óleo e Gás.

 

 

 

Comunicado Diretoria PPSA

Em 12 de novembro de 2013, Oswaldo Pedrosa, Diretor-Presidente; Antonio Claudio Pereira da Silva, Diretor de Administração, Controle e Finanças; Edson Nakagawa, Diretor Técnico e de Fiscalização e Renato Darros, Diretor de Gestão de Contratos, subscreviam o Termo de Posse para dar partida à Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA, assumindo a responsabilidade de colaborar para o sucesso da implantação do novo modelo de partilha da produção.

Três semanas antes, o resultado do leilão de Libra – experiência precursora do modelo de parceria público-privada na área de petróleo – já antevia a confiança que também o mercado depositava na Diretoria da PPSA, expressa em manifestações de diversos atores do setor quanto à necessidade de se ter um diretoria qualificada e experiente para dar segurança ao investidor em aderir ao projeto.

Ao longo dos três anos que se seguiram – prazo de duração dos mandatos, a PPSA pôde corresponder a todas essas expectativas, apesar das dificuldades conjunturais enfrentadas, notadamente no que se refere às restrições de caráter orçamentário e financeiro, que limitaram os recursos disponíveis para a implantação da Companhia a, aproximadamente, 40% do que fora previsto.

A despeito do fato, consolidou-se a gestão do Contrato de Partilha da Produção de Libra e estiveram em negociação 14 acordos e pré-acordos de individualização da produção em áreas do polígono do pré-sal, dos quais quatro acordos foram assinados e cinco acordos e pré-acordos encontram-se em andamento, além de seis novos casos próximos do início de negociação.

Cerca de US$ 230 milhões é a projeção de receita líquida para a União, em 2017, em decorrência da produção esperada no Teste de Longa Duração (TLD) de Libra e nas áreas unitizadas, cuja comercialização caberá à PPSA executar. Para os anos que se seguem a receita manter-se-á em franca expansão, devendo dobrar em 2021.

A formação de uma equipe de 30 profissionais – até então o quadro de pessoal da PPSA – altamente qualificada em termos de formação acadêmica e experiente internacionalmente no setor de óleo e gás, com uma vivência média de 35 anos na atividade de supervisão em primeira linha das atividades finalísticas, tornou-se o fiel da balança para a obtenção dos resultados que foram alcançados.

Em 11 de novembro foram encerrados os mandatos desta Diretoria, finalizando-se o primeiro ciclo de gestão da PPSA e renovando-se integralmente a sua composição.

A PPSA possui hoje sólidas bases estruturais que a credenciam a prosseguir na sua evolução empresarial, como executora de missão estratégica na representação do Estado brasileiro na gestão dos empreendimentos petrolíferos no polígono do pré-sal.

A Diretoria se despede com o sentimento de dever cumprido e agradecimento a todos aqueles que contribuíram para o êxito de sua missão, otimista de que o pré-sal brasileiro fará jus a toda esperança nele depositada, de um forte indutor ao crescimento econômico e à promoção da cidadania em nosso País.

Oswaldo Antunes Pedrosa Junior
Diretor Presidente

Antonio Claudio Pereira da Silva
Diretor de Administração, Controle e Finanças

Edson Yoshihito Nakagawa
Diretor Técnico e de Fiscalização

 

 

 

5ª Conferência de Energia e Recursos Naturais

Galeria

Tema: Novo modelo sem operador único, previsibilidade de rodadas e os desinvestimentos recentes no setor

“A boa interlocução dos vários atores do setor de óleo e gás leva a um ambiente favorável à maior atratividade e competitividade”, resume Oswaldo Pedrosa, Presidente da PPSA, na 5a. Conferência de Energia e Recursos Naturais da KPMG em 13/09.

Debatedores:

  • Oswaldo Pedrosa, presidente da PPSA
  • Jorge Camargo, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – IBP
  • José Formigli, presidente da Forsea Engenharia

Moderadores:

  • Bernardo Moreira e Julio Cepeda, sócios da KPMG no Brasil

 

 

 

Publicado em:

Reinventing the E&P industry through collaboration

Three leading industry professionals share their views on how collaboration between stakeholders can be enhanced to maximise the benefits for all.

Oswaldo Pedrosa, president, Pré-sal Petróleo S.A. – PPSA

“Collaboration among operators, academia, partners and suppliers is crucial to improve existing technologies and develop new solutions for the oil and gas industry. The decisions taken together through intensive collaboration of different kinds of expertise and competences maximise cost optimization and technical improvements.”
“In Brazil, the discovery of the offshore pre-salt reservoirs ten years ago brought a full range of new perspectives and technological challenges to the oil and gas exploration and production sector. The joining forces and sharing of technical expertise among pre-salt operator Petrobras and partners have showed to be the best approach to deal with such challenging projects where activities are performed around 300 km off the coast, in water depths of more than 2,000m, reaching large reservoirs nestled 5,000m below the seabed, overlaid by a salt layer that is about 2,000m thick.”
“One of the things that could bring great benefits and encourage team collaboration is to change the way most oil and gas consortia are traditionally organized. The decision-making is usually done in formal meetings of the operating committee, supported by technical sub-committees, where an asymmetry of information between the operator and non-operator teams can inhibit cooperation among the technical partners.”
“Changing paradigms to count on the technical teams from all partners in a daily basis – with different know-how and capabilities – can contribute enormously to solving operational challenges and developing new solutions to provide the best results.”
“The Libra field is one of the largest pre- salt discoveries to date in Brazil and is an excellent example of a successful collaboration project. The Libra Consortium is made up of Petrobras (operator, 40 per cent), Shell (20 per cent), Total (20 per cent), CNPC (10 per cent), CNOOC (10 per cent) and PPSA (contract manager). The working model between the consortium partners is pioneering a new way of conducting E&P joint venture operations. For the first time, a Joint Project Team (JPT), composed of around 180 professionals from five partner companies, is working together in the same site. This daily side-by-side interaction promotes constant knowledge and experience sharing. Professionals from different nationalities work in synergy to deliver the best outcomes.”

Zhou Hongbo, VP CNOOC International Ltd

“For those geographically difficult, technically challenging projects requiring large investment, like the pre-salt prospects and reservoirs offshore Brazil, partnership in sharing both risk and talent becomes a natural choice. In the current low oil price environment, the ultimate objective among partners, which is to reduce costs and enhance returns of the project, should be the same and fully aligned.”
“In this case, Petrobras has done a great job in terms of putting together the expertise/best practice of each partner by establishing various committees through which partners can discuss and make decisions on important subjects, technical workshops, and providing secondees from each partner to the Joint Project Team.”

“For projects to be successful, partners need to be aligned on objectives, which should be initiated and agreed among all parties, and share knowledge and capabilities, for example combining the local knowledge of the NOC and the international experience of the IOC. Parties with special expertise should be given the opportunity to contribute to ensure that the best industry practice and capabilities are used. Promoting technical innovation is key; further cutting down costs largely depends on the breakthrough and use of new technology, and new ways of operation. In the case of the Libra project, technical innovation should focus on subsurface geological understanding of the reservoir in reducing development uncertainties and in offshore engineering optimization in cutting investment costs.”
“Each party in the project will have its own management style or internal procedures, which may not necessarily coincide with each other, especially those between operator and partners. In this case, thorough communication and consultation procedures become critically important in achieving agreement and understanding on conducting the project.”

“As the first deepwater pre-salt project under the PSC model, Libra involves huge investment and a long period of exploration and development. Given that it is still in the stage of exploration and evaluation, there is flexibility and the room to optimize, offering the chance to achieve lower cost and higher profits through collaboration between stakeholders. Many good examples for successful collaboration between the partners exist, for example, there are various brain-storming workshops to discuss ideas in order to reduce costs, and around 20 major technologies for optimization have been identified from more than 100 proposed initiatives.”

Wan Guangfeng, general director, CNPC Brazil

“Maximising the benefits of the project is the common goal of all partners; however, one should be aware that each partner may have different demands and expectations, which requires partners to establish good relationships of cooperation.”
“The joint operations team should take measures to encourage partners to make full use of their advantages for contributing to the project. Operators should share Critical information with partners in a timely fashion based on the principle of openness and transparency during the whole commissioning process of the project. The use of secondees, technical committee meetings, operating committee meetings etc. should be maximised to provide more opportunities to deepen mutual understanding between all partners, so that they can better support the operator’s work to ensure the maximum benefit.”
“To encourage and facilitate further industry collaboration, I have three suggestions:”
“The first is to strengthen communication and increase mutual trust. Faced with the challenges of technology and low oil prices, oil companies must change the way of thinking, strengthening cooperation in E&P technology in order to improve efficiency and minimise risk. But the premises of cooperation are mutual understanding and trust, which requires both parties to put themselves in the other’s position to handle problems and reduce differences; good communication is needed to enable partners to work together to face the challenges.”

“The second one is exemplary demonstration and experience sharing. In recent years, many international E&P cooperation projects have achieved remarkable results, which have promoted international cooperation and enhanced the confidence of oil companies to overcome difficulties. Such successful joint venture projects should share experience, knowledge and improvement measures on the international platform. ATCE provides a very good platform for such exchanges.”
“The third is removal of collaborative barriers though government support. Currently, most major oil and gas resources are in the hands of governments. In order to ensure oil and gas resources are scientifically developed and economically utilized, governments should fashion policies to encourage oil and gas producers to participate in the development of non- conventional and difficult-to-produce oil and gas resources, so both governments and partners can maximise efficiency.”

The session on “Collaboration 2.0 – reinventing the E&P industry” will be held on Tuesday 27 September.

 

 

Entrevista exclusiva

A revista Brasil Energia publicou uma entrevista exclusiva feita com o Oswaldo Pedrosa – páginas 36 e 37. Dentre os muitos assuntos abordados, a questão da multiplicidade de operadores foi enfatizada em função de sua relevância no momento.

Veja o artigo salvo em PDF

[28.07.2016] / Por Cláudia Siqueira e Felipe Maciel
Fonte: Revista Brasil Energia

 

 

 

Oswaldo Pedrosa acredita em aumento das atividades com fim da operação única

Presidente da PPSA garante que acordos de unitização serão fechados para leilão do pré-sal em 2017
O presidente da PPSA, Oswaldo Pedrosa, acredita que o fim da operação obrigatória da Petrobras nos contratos de partiha da produção trará “grande atratividade para indústria” em um monento em que a Petroleira não conseguiria assumir os investimentos necessários para desenvolver novas reservas no pré-sal. Em evento no IBP nesta quarta-feira (27/7), o executivo garantiu que tudo estará pronto para o leilão de áreas unitizáveis no ano que vem.
O planejamento atual é licitar as extensões não contratadas de Tartaruga Mestiça, na Bacia de Campos, e Sapinhoá, Carcará e Gato do Mato, em Santos – as quatro áreas escolhidas para o leilão. Pedrosa afirmou que a resolução que permitirá à PPSA negociar o petróleo da União sai este ano, destravando os processos de unitização ainda não fechados.
Das áreas licitáveis, já foram fechados os acordos de individualização de Tartaruga Mestiça e Sapinhoá. Além disso, o de Libra está em fase avançada de negociação, afirmou Pedrosa. Carcará e Gato do Mato, bem como outros nove processos estão em andamento.
Pedrosa acredita, contudo, que a operação única vigente desde 2010 não postergou investimentos no pré-sal, tendo em vista que foi feito apenas um leilão, em 2013, e em seguida o setor mundial de petróleo entrou em novo ciclo de baixa.
[27.07.2016] 20h40m / Por Gustavo Gaudarde
Fonte: Revista Brasil Energia

 

 

Falta de regra para venda de petróleo atrasa receita do governo com pré-sal

Por falta de uma política para venda do petróleo da União, o governo está deixando de receber sua parcela da produção dos dois maiores campos do pré-sal, Lula e Sapinhoá, na Bacia de Santos. A informação foi dada nesta segunda-feira (27) pelo presidente da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), estatal criada para representar a União nos contratos de partilha da produção do pré-sal, Oswaldo Pedrosa. Segundo ele, a PPSA já poderia estar vendendo petróleo e repassando recursos ao Tesouro, caso a “política de comercialização” estivesse definida.

A estatal tem participação na produção dos dois projetos porque os reservatórios de Lula e Sapinhoá se estendem para além das áreas concedidas à Petrobras e seus sócios. Nesses casos, a lei determina que a PPSA se torne sócia dos projetos, com direito a uma parcela da produção de petróleo. O processo é chamado de unitização ou individualização de reservas.

“Os contratos (de unitização) foram assinados, mas ainda não foram efetivados porque aguardam definição sobre a política de comercialização”, disse Pedrosa. De acordo com a lei que criou os contratos de partilha da produção, a receita com a venda é destinada ao Fundo Social e a investimentos em educação. Pedrosa não informou qual a fatia da PPSA nos dois projetos. Disse apenas que os volumes de petróleo “não são expressivos mas não são desprezíveis”.

Os contratos ainda estão sendo analisados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis), que precisa dar o aval aos acordos entre a PPSA e os concessionários. No primeiro acordo desse tipo aprovado pela ANP, para o campo de Tartaruga Mestiça, na Bacia de Campos, a União ficou com 30,65% da produção – o projeto, porém, ainda não está em produção.

Os campos de Lula e Sapinhoá produziram, em abril, uma média de 680 mil barris de petróleo e gás por dia – o equivalente a 30% da produção nacional. Para instituir a política de comercialização, o governo deverá publicar um decreto indicando os procedimentos para a venda do petróleo da União. A lei permite que a PPSA contrate diretamente a Petrobras ou abra concorrência para escolher empresas especializadas no comércio de petróleo.

A Folha apurou que um dos entraves é uma divergência com o Ministério da Fazenda em relação ao pagamento da empresa que vai vender o petróleo. A Fazenda entende que o serviço não pode ser pago com a receita da venda do petróleo, já que os recursos são carimbados. Uma alternativa seria incluir os custos na previsão orçamentária do governo, tentando estimar quanto a PPSA gastaria por ano com o pagamento da prestadora de serviços.

Atualmente, o tema está sendo discutido por um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

O MME informou que está trabalhando “incansavelmente” para resolver a questão. Quando o assunto for resolvido, a PPSA receberá retroativamente a sua parte na produção já realizada nos campos.

[27.06.2016] 18h14m / Por Nicola Pamplona
Fonte: Folha Online

 

PPSA: Venda de petróleo do pré-sal depende de aprovação de política

Segundo o presidente da Pré-sal Petróleo, Oswaldo Pedrosa, é necessário que o Conselho Nacional de Política Energética defina uma política de comercialização da produção.

Trabalho nas plataformas

Trabalho nas plataformas

A Pré-sal Petróleo (PPSA), representante da União na exploração e produção de petróleo e gás na região do pré-sal, já poderia estar vendendo óleo e gerando receita ao Tesouro Nacional se uma política de comercialização da produção tivesse sido definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). É o que diz o presidente da Pré-sal Petróleo, Oswaldo Pedrosa, que afirma que áreas de unitização, contínuas a concessões, estão produzindo volumes “não desprezíveis” de petróleo, que poderiam ser comercializados pela empresa representante da União.

Existem quatro blocos unitizados na região do pré-sal que contam com a participação da PPSA: Lula, Tartaruga Mestiça, Sapinhoá e Nautillus. A operação desses campos é da Petrobras e da Shell, que, nesse período de indefinição da política de comercialização do óleo, têm autorização para vender a produção e ficar com a receita. O acerto de contas com a empresa representante do governo acontecerá no futuro, quando o CNPE definir as diretrizes.

No momento do acerto de contas, serão considerados também os custos de cada um dos projetos. Se superarem o lucro, é possível que a PPSA seja devedora e não credora e tenha que ressarcir as petroleiras.

Em seminário promovido pela Firjan, Pedrosa afirmou que o CNPE está próximo de definir a política de venda do óleo do pré-sal pertencente à União. As negociações com “agentes do governo estão em fase avançada” para que a PPSA passe a gerar receita para o Tesouro.

Hoje, a empresa convive com limitações financeiras, segundo o executivo. “Esse é um problema que a PPSA tem: falta de recurso. Mas temos plano de realizar concurso e contratar consultorias”, disse Pedrosa.

[27.06.2016] 13h40m
Fonte: Estadão Conteúdo

 

Jorge Camargo, afirmou que o mercado de gás brasileiro passa por um período de transição

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo, afirmou que o mercado de gás brasileiro passa por “um período de transição, que terá um maior protagonismo do setor privado”, durante a abertura do 17º Seminário sobre Gás Natural, promovido entre 26 e 27 de julho, no Rio de Janeiro.

Segundo Camargo, são necessárias regras que tornem o setor competitivo, saudável e com capacidade de planejamento de longo prazo, a partir da entrada de novos agentes com a venda de ativos da Petrobras na área de gás, já anunciada.

Camargo enfatizou a necessidade de repensar o modelo regulatório especialmente nas questões do transporte do gás, na garantia de suprimento – papéis hoje desempenhados especialmente pela Petrobras – e no acesso à infraestrutura de dutos aos novos atores que entrarão no setor.

O secretário-executivo de Exploração e Produção do IBP, Antonio Guimarães, disse que a saída da Petrobras de alguns elos da cadeia de gás “será um movimento muito grande e desafiador” e que terá de ser integrado com o segmento de petróleo, pois a maior parte do gás brasileiro é associado à produção de óleo.
Presente à abertura, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou que todas as mudanças na área de gás serão discutidas com agentes, entidades privadas do setor, Petrobras, Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Até 30 de setembro, disse, o objetivo é reunir ideias e opiniões de todos esses entes e traçar diretrizes de novas normas para o setor de gás, a serem colocadas em consulta pública em outubro.”Entre os nossos pilares, estão a transparência, o retorno compatível para investidores e a competição.”
Uma das propostas, de acordo com o secretário, é criar um agente que regule e administre o transporte do gás, a malha de gasodutos e o compartilhamento da infraestrutura existente, hoje com capacidade ociosa.
Na opinião de Jorge Celestino Ramos, diretor de Abastecimento e Gás da Petrobras, a transição no mercado de gás com a venda de ativos da estatal “será suave e não irá afetar a continuidade do suprimento.”
Gás do pré-sal
Presente ao segundo dia, o presidente da PPSA, Oswaldo Pedrosa, disse que nenhuma alternativa tecnológica (separação de CO², liquefação offshore do gás, entre outras) de aproveitamento do gás associado do campo de Libra – o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha – se tornou economicamente viável com o preço atual do petróleo. No cenário atual, a única opção é reinjetar todo o gás no reservatório para melhorar a produção de petróleo.
[28.07.2016]
Fonte: Site do IBP