Os projetos de exploração do pré-sal têm desenvolvido diversas inovações com o objetivo de reduzir as emissões de carbono em seus processos. Durante o terceiro painel do 4º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo, moderado pelo Assessor de Planejamento Estratégico da PPSA, Antonio Cláudio Corrêa, representantes da Equinor, TotalEnergies, Petrobras e ExxonMobil apresentaram suas principais ações para alcançar metas ambiciosas de redução de carbono.

Para Antonio Claudio, os esforços neste sentido são muito bem-vindos, de maneira global.

“Os combustíveis fósseis são fonte de energia, transporte, aquecimento e produtos para conforto da sociedade moderna. No processo de extração do petróleo, emitimos de 20 a 30 quilogramas de CO₂ por cada barril de óleo extraído. Trabalhamos para reduzir a quantidade de emissões neste processo de extração do petróleo. Vemos também a necessidade de investir na redução das emissões de uma maneira global”, disse Corrêa.

Diogo Sandy, Gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Equinor no Projeto Bacalhau, aprofundou a discussão sobre os compromissos de sua companhia para a redução de emissões.

“Temos compromisso real para a redução de metano a partir da COP 26. A Equinor está se adaptando a este ambiente de baixa emissão de carbono. A empresa almeja emissões zero até 2050, além de chegar a seis quilogramas de CO₂ por barril de óleo equivalente até 2030 e aumentar 50% de investimentos (de recursos financeiros) em renováveis até o mesmo período”, afirmou Sandy, que complementou ainda que, para 2024, há a previsão de emitir de nove a 10 quilogramas de CO₂por barril de óleo em Bacalhau, além da reinjeção de todo o gás produzido na atividade de exploração.

Anídio Corrêa, Gerente de Meio Ambiente e Licenciamento Ambiental da TotalEnergies, disse que a empresa tem o compromisso de atingir a neutralidade de carbono até 2050 no Campo de Lapa, também no pré-sal. “Para 2030, já teremos 40% menos emissões líquidas. No momento da queima, a emissão é maior do que na produção, então também trabalhamos nisso para reduzir as emissões no consumo de energia”, explica Corrêa, que também revelou os principais aliados para o alcance das metas: atuação com parceiros e contratados para fomentar novas ideias e uso de novas tecnologias que permitam a redução do carbono e a melhoria da eficiência energética.

Fabrício Soares, Gerente Geral de Engenharia de Sistemas de Superfície da Petrobras, explicou que, a medida que os campos (de petróleo) vão amadurecendo, o índice de emissões aumenta e, por isto, os projetos têm que ser progressivamente melhores na redução de emissões.

“Temos o compromisso, até 2025, de reduzir 32% na intensidade de carbono na exploração, e 40% na intensidade de emissões de metano. Atingiremos a neutralidade das emissões em nossas atividades até 2050”, declarou Soares.

Fechando o painel, Alberto Ferrin, Vice-Presidente da ExxonMobil, ressaltou a parceria com a academia na busca pela redução de emissões.

“Como atender a demanda de energia de um mundo crescente e como reduzir as emissões de gases que levam às mudanças climáticas é um desafio. Por isto, colaboramos com universidades em busca de soluções tecnológicas de captura e redução de CO₂ e junto aos parceiros. Estamos focados em captura e armazenamento de carbono, hidrogênio e combustíveis.

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