
OTC: PPSA apresenta resultados dos 10 anos de exploração e produção dos contratos de partilha
A equipe da Pré-Sal Petróleo (PPSA) apresentou, nesta terça-feira (24), na Offshore Technology Conference – OTC Brasil – um balanço dos resultados obtidos nos 10 anos de exploração e produção do regime de partilha. Somente os contratos de partilha de produção comerciais do Polígono do Pré-Sal têm o potencial de representar para o país R$ 2 trilhões em participações governamentais, tributos e comercialização de óleo e gás, além de mais R$ 700 bilhões em investimentos, gerando emprego e renda e beneficiando toda a sociedade brasileira
Atualmente, são 15 empresas de classe mundial atuando no pré-sal, 23 contratos de partilha de produção, 14 blocos em fase de exploração e nove blocos em fase de desenvolvimento e produção. Já são oito campos produtores, 14 FPSOs e 57 poços em produção (dados de agosto de 2023).
A palestra da PPSA foi moderada pela Diretora Técnica e Presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, que deu um panorama inicial das atividades que estão sendo realizadas na empresa e do cenário previsto para os próximos anos. Cláudio Kuyven, Coordenador de gestão de projetos e contratos, mostrou a evolução dos contratos neste período e lembrou que a produção atual, de 49 mil barris por dia de petróleo nos contratos de partilha de produção e nos acordos de individualização da produção, coloca a União hoje em 11º lugar no ranking da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). “Se considerarmos que antes de 2030, teremos cerca de 500 mil barris por dia, isso tem potencial de colocar a União como segunda maior produtora do país”, destacou.
O Coordenador de Geologia e Petrofísica da PPSA, Carlos Eduardo Cardoso, citou alguns dos principais desafios e oportunidades na área de Geologia e Geofísica do pré-sal. “Apesar do grande sucesso com adição de campos gigantes nos últimos dez anos, ainda é necessário investir em exploração para acessar os potenciais volumes de óleo que permitirão alongar o pico de produção do Polígono do Pré-Sal. Desafios como o alto teor de CO2 presente no fluido e heterogeneidade do reservatório fazem parte da curva de conhecimento das atividades recentes de exploração”, explica.
Ao mesmo tempo, leilões de novas áreas, leads do pós-sal, um possível novo play subbasalto e investigação do potencial de gás podem compor a atratividade destas novas oportunidades dentro do Polígono do Pré-Sal. Outro exemplo é a entrada de novas cinco áreas no segundo leilão de Oferta Permanente em regime de partilha, no dia 13 de dezembro. Além destas, oito novas áreas aguardam definição dos órgãos reguladores para entrarem em oferta.
Leandra Ribeiro, Assessora de Planejamento Estratégico, lembrou que o petróleo continua sendo um vetor para atender à segurança energética e, mesmo no cenário de carbono neutro, será necessário para atender às demandas de setores difíceis de descarbonizar e para fins não energéticos.
“O petróleo do pré-sal tem tripla resiliência (técnica, econômica e ambiental). A intensidade média de carbono do pré-sal é de 10 kgCO2e/boe, enquanto a média mundial está em torno de 22kgCO2e/boe. Além disso, o óleo do pré-sal é mais leve e de baixo teor de enxofre. Isso torna nosso óleo competitivo mundialmente e permite que o Brasil contribua com uma pegada de carbono menor”, explica ela.
Ao encerrar o debate, Tabita frisou que a PPSA pretende ser um ator relevante no Polígono do Pré-Sal, promovendo melhores práticas e tecnologias junto com os parceiros, apoiando o Ministério de Minas e Energia em políticas públicas, atuando no mercado de gás natural e incentivando a descarbonização.
“O MME está trabalhando no Potencializa E&P para aumentar a atratividade do E&P no Brasil, incluindo as oportunidades dentro do polígono do pré-sal. Temos mantido conversas constantes com o Ministério sobre a necessidade de continuar incentivando a exploração no polígono e sobre como podemos tirar mais projetos do papel, dos já contratados. O MME também está trabalhando fortemente no Gás para Empregar, e aguardamos as diretrizes das políticas públicas para contribuirmos também com esse mercado, com a indústria e em prol da sociedade. Transição energética é um tema que está sendo amplamente incentivado e protagonizado pelo Ministro Alexandre Silveira e a PPSA também contribuirá nesse sentido. Juntos com os parceiros, vamos ampliar as discussões sobre as ações de descarbonização nos contratos de partilha, lembrando que a intensidade de carbono nos projetos do pré-sal já são baixas. O tema “descarbonização” fará parte do nosso Planejamento Estratégico de longo prazo (2024-2028) que está em elaboração”, encerrou.