
PPSA aponta caminhos para o armazenamento geológico de CO2 no pré-sal
O coordenador da Engenharia de Reservatórios da Pré-Sal Petróleo, Jorge Pizarro, apresentou palestra nesta quarta-feira (25) na OTC Brasil sobre “Caminhos futuros para armazenamento geológico de CO2”. Em seu estudo, Pizarro propõe a utilização de campos futuramente esgotados do pré-sal para a criação de um hub de estocagem de carbono, contribuindo assim para a redução das emissões no Brasil.
“O mundo está atento ao aquecimento global e é preciso buscar alternativas, por exemplo, para o sequestro de CO2”, explicou.
Em sua palestra, Pizarro lembrou que muitas plataformas que produzem no pré-sal incorporaram a tecnologia de CCUS (captura, utilização e sequestro de carbono) associada à recuperação avançada de petróleo (EOR – Enhanced Oil Recovery). Atualmente, mais de 40 milhões de toneladas de CO2 já foram reinjetadas, aumentando a eficiência da produção e reduzindo a intensidade de emissões.
Para o futuro, diz ele, este processo poderia evoluir com os campos do pré-sal, sendo utilizados para a captura e sequestro de carbono de outras industrias. “Podemos capturar o CO2 de uma indústria, em terra, por exemplo, e armazenar este CO2 para sempre em um campo esgotado do pré-sal. Isso contribuiria para a redução das emissões. A Noruega já está fazendo essa experiência no Mar do Norte. No futuro, podemos também trazer essa possibilidade para o Brasil, criando mais uma vantagem estratégia para o pré-sal”, diz ele.