Dois novos FPSOs entrarão em produção no pré-sal da Bacia de Santos até 2030

 

Mais duas Unidades Offshore de Produção de Petróleo e Gás (Floating Production, Storage and Offloading – FPSO) entrarão em operação até 2030 em contratos de partilha de produção no Polígono do Pré-Sal, geridos pela Pré-Sal Petróleo (PPSA). A Petrobras informou nesta sexta, 24, a assinatura com a Seatrium O&G Americas Limited dos contratos de construção dos FPSOs P-84 e P-85. As unidades serão destinadas aos campos de Sépia e Atapu, na Bacia de Santos, com início de produção previsto entre 2029 e 2030.

Estes dois campos já contam, atualmente, com a produção de dois FPSOs (P-70, em Atapu, e o FPSO Carioca, em Sépia). As novas unidades fazem parte de uma série de 18 FPSOs que estão previstos para entrar em operação em regime de partilha nos próximos dez anos e que trarão impacto significativo na produção. Esses dois FPSOs serão instalados em profundidade de água superior a 2 mil metros. Cada um terá capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia.  As construções de P-84 e P-85 serão realizadas em estaleiros do Brasil e Singapura, e atingirão os percentuais de conteúdo local de 20% na P-84 e 25% na P-85.

De acordo com o operador, os projetos permitirão uma redução de 30% na intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido, em função de otimizações na planta de processamento para o aumento da eficiência energética e da incorporação de diversas tecnologias. Uma das diretrizes do Planejamento Estratégico da PPSA é o fomento a iniciativas de descarbonização nos projetos em curso nos contratos de partilha. Estas unidades estão alinhadas com as melhores práticas do mercado.

De acordo com a Petrobras entre as tecnologias utilizadas estão zero ventilação de rotina (recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento), captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração (Waste Heat Recovery Unit), zero queima de rotina (recuperação de gases da tocha – flare fechado), válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico do CO2 do gás produzido.

A Petrobras detém na jazida compartilhada de Atapu 65,7% de participação, em parceria com Shell (16,7%), TotalEnergies (15%), Petrogal (1,7%) e União (0,9%), esta representada pela PPSA . Para a jazida compartilhada de Sépia, a Petrobras possui 55,3% de participação em parceria com TotalEnergies (16,9%), Petronas (12,7%), QatarEnergy (12,7%), Petrogal (2,4%). Nas duas jazidas, a Petrobras é a operadora e a PPSA atua como gestora do contrato de partilha.