Pré-Sal Petróleo está habilitada a exportar o petróleo da União

Estratégia de comercialização já pode contemplar venda para o consumidor final

O petróleo de propriedade da União oriundo dos Contratos de Partilha de Produção e dos Acordos de Individualização da Produção já pode ser comercializado no exterior. A Secretaria da Receita Federal habilitou a Pré-Sal Petróleo, empresa responsável pela comercialização, como exportadora no dia 5 de novembro. A declaração entrou em vigor nessa segunda-feira (12) com a publicação no Diário Oficial da União.

A exportação faz parte da estratégia de comercialização da companhia para escoar a produção de petróleo da União nos próximos anos. Segundo o presidente da empresa, Ibsen Flores Lima, o objetivo é negociar o óleo da União tanto no mercado interno quanto para o comprador final em qualquer lugar do mundo, priorizando as melhores alternativas a cada venda.

“A missão da Pré-Sal Petróleo é maximizar os resultados econômicos para a União em todas as nossas frentes de atuação. Com a possibilidade de exportação, temos uma opção a mais para a comercialização do petróleo. Até o ano passado, fazíamos a gestão do Contrato de Partilha de Produção de Libra e vamos encerrar 2018 com 14 contratos em carteira. Nos próximos dez anos haverá um substancial crescimento da parcela de óleo da União e estamos nos preparando para esse novo ciclo. Vamos buscar sempre o melhor negócio”, explicou.

A empresa iniciou a comercialização do petróleo da União em março deste ano, com a venda de uma carga inicial da Área de Desenvolvimento de Mero, em Libra, para a Petrobras. Em agosto foram comercializadas toda a produção de Mero e do Campo de Sapinhoá pelos próximos 36 meses para a Petrobras e do Campo de Lula por 12 meses para a francesa Total, em leilão de petróleo na sede da B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), em São Paulo.

A Pré-Sal Petróleo também está realizando estudos para viabilizar a oferta de logística para o escoamento do petróleo da União no pré-sal, que em função da complexidade requer a utilização de navios aliviadores de posicionamento dinâmico. Há dez dias foi encaminhado ao mercado um Request For Information (RFI) para coletar informações sobre a capacidade de oferta de serviços de logística, desde o uso de navios aliviadores até operações de transbordo. O processo será concluído até meados de dezembro e será utilizado como base para um estudo da companhia sobre seu modelo de comercialização para os próximos anos.