Libra contrata FPSO para o campo de Mero

Operadora do consórcio de Libra, a Petrobras assinou, em 14 de dezembro, contrato com o Grupo Modec para o afretamento do primeiro sistema de produção definitivo do campo de Mero. O projeto contempla a interligação de até 17 poços à plataforma, do tipo FPSO, terá capacidade de processar até 180 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de m³/dia de gás. A unidade será instalada em profundidade d’água de 2.100 metros, no campo de Mero, localizado na área noroeste do bloco de Libra, a cerca de 180 km da costa do Rio de Janeiro, no pré-sal da bacia de Santos. O início da produção está previsto para 2021.

A unidade será operada pela Modec, empresa responsável pela construção, e afretada por 22 anos. Parte da construção será realizada no Brasil, nos mesmos moldes da experiência da Petrobras com outros afretamentos já realizados.

A produção no bloco de Libra teve início em 26 de novembro deste ano, com a entrada em operação do FPSO Pioneiro de Libra, dedicado a testes de longa duração e sistemas de produção antecipada.

 

 

Declaração de Comercialidade: Campo de Mero

Na fase exploratória e de avaliação, foram perfurados oito poços que identificaram óleo de boa qualidade e alto valor comercial

O consórcio de Libra, operado pela Petrobras, apresentou, dia 30 de novembro, à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como resultado do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) do poço 2-ANP-2A-RJS, a Declaração de Comercialidade da acumulação de petróleo localizada na área noroeste do bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. No documento, o consórcio batizou o novo campo com o nome de Mero, que tem estimado o volume recuperável total de 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

O novo campo está localizado a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em águas ultraprofundas. Durante a fase exploratória e de avaliação, foram perfurados oito poços, que identificaram óleo de boa qualidade e com alto valor comercial. A área teve seu primeiro óleo produzido com o FPSO Pioneiro de Libra (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência), o primeiro dedicado a testes de longa duração equipado com reinjeção de gás.

O consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo como gestora a Pré-Sal Petróleo S.A.

 

 

Libra inicia a primeira produção de petróleo em regime de partilha

  • Operação é um marco histórico do modelo de partilha da produção;
  • Pioneiro de Libra é o primeiro dedicado a testes de longa duração equipado com reinjeção de gás;
  • Navio-plataforma possui capacidade operacional de até 50 mil barris de petróleo por dia.

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2017 – O consórcio de Libra, operado pela Petrobras, iniciou, ontem, domingo, dia 26 de novembro, a primeira produção de petróleo em regime de partilha no polígono do pré-sal na Bacia de Santos. O primeiro óleo foi obtido com a entrada em operação do FPSO Pioneiro de Libra (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência), o primeiro dedicado a testes de longa duração equipado com reinjeção de gás. “Libra é o embrião do regime de partilha e este é um marco importante para todo o consórcio. De nossa parte, como gestores, manteremos a atuação colaborativa que nos rege desde o início desse trabalho, estendendo-a aos seis novos contratos previstos para 2018. Estamos prontos para os próximos desafios, tendo como foco a geração de riqueza, a criação de empregos e o desenvolvimento tecnológico”, afirmou Ibsen Flores, diretor-presidente da Pré-Sal Petróleo.

O Pioneiro de Libra possui capacidade operacional diária de até 50 mil barris de petróleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás associado. Sua atuação tem prazo previsto de um ano com o objetivo de avaliar o comportamento e ampliar o conhecimento sobre as características do reservatório. Após a conclusão, o FPSO será levado para operar outras áreas de Libra.

O consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo como gestora a Pré-Sal Petróleo S.A.

Sobre a Pré-Sal Petróleo

Criada em novembro de 2013, a Pré-sal Petróleo (PPSA), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), tem por objeto a gestão dos contratos de partilha da produção, a gestão dos contratos de comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos da União e a representação da União nos procedimentos de individualização da produção e nos acordos decorrentes, conforme o marco legal de partilha da produção.

A estrutura organizacional aprovada para a Pré-Sal é enxuta por excelência e combina a clássica estrutura funcional vertical com a estrutura horizontal por projetos, buscando o melhor desempenho no cumprimento de objetivos estabelecidos na Lei, com foco na gestão de contratos e melhor aproveitamento de recursos.

Mais informações: <ahref=”http: www.presalpetroleo.gov.br”=””>www.presalpetroleo.gov.br</ahref=”http:>

Informações para a imprensa:

Andrea Dunningham
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CNPE aprova a 4ª Rodada de Licitações no pré-sal e a 15ª Rodada de Concessões

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a realização, em 29 de março de 2018, da 15ªRodada de Licitações de Blocos Exploratórios, no regime de concessão, e da 4ª Rodada de Licitações, sob o regime de partilha de produção em 7 de junho de 2018. O Conselho também aprovou a antecipação para março de 2018, da mistura de 10% de biodiesel ao diesel (B10). A segunda reunião extraordinária do Conselho foi realizada nesta quinta-feira (09/11).
Na 4ª Rodada de Partilha de Produção serão ofertados os blocos denominados Três Marias, Dois Irmãos, Uirapuru, Saturno e Itaimbezinho, localizado nas bacias de Campos e Santos, dentro do Polígono do Pré-sal. Foram também deliberados os parâmetros técnicos e econômicos dessas áreas.
Conforme a legislação em vigor, a Petrobras deverá manifestar seu interesse em atuar como operadora, em até trinta dias, após a publicação da resolução do CNPE contendo os parâmetros técnicos e econômicos das áreas a serem ofertadas na 4ª rodada de partilha de produção.
Na 15ª Rodada de Licitações serão ofertados 70 blocos, sendo 49 nas bacias marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos, incluindo dois blocos adjacentes a Saturno. Além disso, estão sendo oferecidos 21 nas bacias terrestres do Paraná e Parnaíba.
A oferta de blocos localizados na Bacia da Foz do Amazonas foi postergada para 2019, de modo a permitir a conclusão do processo de licenciamento ambiental em curso para os blocos outorgados na 11ª Rodada. Os blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba também ficaram para ser ofertados em 2019 quando uma maior quantidade de dados técnicos estará disponível.
O Conselho também aprovou o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel comercializado em todo o território nacional de 8 % para 10%, a partir de 1º de março de 2018, antecipando em um ano, o prazo máximo determinado pela Lei nº 13.263/16.

Conteúdo local

Para os blocos em terra o porcentual mínimo de conteúdo local global obrigatório será de 50% para a fase de exploração e de 50% para a etapa de desenvolvimento. Já para blocos no mar o porcentual mínimo de conteúdo local obrigatório global será de 18% para a fase de exploração. Para os macrogrupos da etapa de desenvolvimento os percentuais serão: 25% para construção de poço; 40% para o Sistema de Coleta e Escoamento e 25% para a Unidade Estacionária de Produção.
As regras foram propostas pelo Comitê Diretivo do Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (Pedefor).

 

Pré-Sal Petróleo comemora resultado em rodadas de licitação

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2017 – A Pré-Sal Petróleo, empresa responsável pela gestão dos contratos do pré-sal, comemorou nesta sexta-feira os percentuais alcançados em excedentes de óleo. “A partir de hoje, começamos um novo marco no pré-sal com excelentes resultados para a União”, enfatizou Ibsen Flores, presidente da companhia, após evento realizado no Rio de Janeiro. A 2ª e a 3ª Rodadas de Licitação, promovidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), registraram ágio de 673,69% em uma única oferta. O maior destaque foi na área do entorno de Sapinhoá, em que o excedente ofertado pelo consórcio formado por Petrobras, Repsol e Shell foi de 80%, contra 10,34% previsto no edital.

As petroleiras Statoil, Petrogal e ExxonMobil também formaram um consórcio e ofertaram percentual em excedentes de óleo acima do mínimo estabelecido pela ANP para a área de Carcará (22,08% contra 67,12%), assim como a CNODC Brasil e a BP Energy em parceria com a Petrobras para a área de Peroba (13,89% contra 76,96%) e o consórcio que uniu Petrobras e BP Energy para a área de Cabo Frio Central (21,38% contra 75,86%). O bônus total de assinatura chegou a R$ 6,15 bilhões.

A 2ª Rodada ofertou quatro áreas com jazidas unitizáveis, ou seja, adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas Gato do Mato e Carcará e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá. Já a 3ª Rodada ofertou quatro áreas localizadas nas bacias de Campos e Santos: Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central. As áreas Sul de Gato do Mato e Alto Cabo Frio Oeste receberam lances com percentuais mínimos de excedente em óleo. Já Sudoeste de Tartaruga Verde (Bacia de Campos) e Pau Brasil (Bacia de Santos) não receberam ofertas. Ao todo, 16 empresas participaram dos leilões, entre elas as maiores petroleiras do mundo.

 

2ª Rodada de Partilha de Produção

 

3ª Rodada de Partilha de Produção

 

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Brasil Energia On-line: Artigo – Partilha, lições aprendidas com o novo modelo*

Frutos conquistados com o regime vigente no pré-sal vão além dos resultados financeiros

Às vésperas do início da produção de Libra, o primeiro contrato sob o regime de partilha de produção no polígono do pré-sal, constatamos que os frutos conquistados com o novo regime vão além dos resultados financeiros. Em uma atuação conjunta, focada na construção de um projeto de classe mundial, a Pré-Sal Petróleo, a Petrobras (operadora) e os consorciados Shell, Total, CNOOC e CNPC criaram um ambiente de colaboração, transparência, superação de desafios e otimização de custos que já trazem respostas imediatas ao consórcio.

Entre as lições aprendidas nesses quatro anos, o topo da lista é ocupado pela força do trabalho colaborativo. Pela regra estabelecida no consórcio, a Pré-Sal Petróleo participa de todos os comitês técnicos de Libra e tem 50% dos votos no comitê operacional, onde são tomadas as principais decisões, sempre pautadas em critérios técnicos e econômicos. A experiência já nos mostra que a partilha, com seu modelo de governança compartilhado entre o Estado e a iniciativa privada, favorece a implantação de soluções inovadoras, de processos de monitoramento de alta performance, bem como o estabelecimento de um modelo operacional consensual que persegue a eficácia. Prova disso é que as soluções são tão bem desenvolvidas nos comitês técnicos que chegam praticamente prontas no comitê operacional.

Só na área de tecnologia aplicada aprovamos em torno de 20 projetos, com elevado grau de inovação na indústria brasileira. Juntos, por exemplo, trabalhamos no desenvolvimento e aplicação de novas membranas para separação de CO2, com o objetivo de reduzir perdas de hidrocarbonetos leves na reinjeção no reservatório; realizamos estudos para aplicação de novos conceitos de separação gás-óleo, com potencial benefício na redução da necessidade de compressão do gás e, consequentemente, na diminuição dos custos das unidades de produção; avaliamos comparativamente o desempenho de linhas rígidas e flexíveis no projeto e buscamos alternativas visando ao melhor aproveitamento econômico do gás produzido. Estamos certos de que o coletivo está produzindo resultados visíveis em Libra, que valem de referência para a contribuição ao país do modelo de partilha no pré-sal.

Nos próximos dias, vamos assistir juntos à chegada de novos investidores para o pré-sal. Outras oito áreas serão leiloadas na 2ª e 3ª Rodadas de Licitações sob o regime de partilha de produção na área do pré-sal, em 27 de outubro. Segundo projeção da Agência Nacional de Petróleo, as novas áreas vão gerar investimentos da ordem de US$ 36 bilhões, traduzindo-se em empregos e encomendas para a indústria. Novos operadores, novos consorciados, novas culturas. Muito mais a aprender.

Com a chegada dos novos players, estamos transformando o aprendizado de Libra em modelo de negócio. Reconhecemos, por exemplo, a necessidade de padronizar procedimentos e criar uma metodologia de monitoramento dos projetos com ênfase no planejamento e na efetividade do processo de reconhecimento de custos. Em paralelo, estamos a cada dia mais inseridos na ambiência do pré-sal, com um arcabouço de conhecimentos legais e metodológicos.

Começa assim a nascer um banco de dados do pré-sal, onde, no futuro, poderemos conhecer e comparar desde dados exploratórios até preços praticados por cada fase de projeto. Ganha a União, que maximiza seus resultados; ganha a sociedade, que tem um guardião zeloso de seu patrimônio e também se beneficia com a transferência da maior parte das receitas obtidas para o fundo social e para as áreas de educação e saúde; ganham os consorciados, com uma governança colaborativa e eficiente. Que venham os novos investidores. Juntos certamente iremos construir essa história exitosa da exploração e produção do pré-sal brasileiro com foco na geração de riqueza, criação de empregos e desenvolvimento tecnológico. Ganha a indústria. Ganha o Brasil.

*Ibsen Flores é diretor-presidente da Pré-Sal Petróleo

Fonte: Brasil Energia

 

 

Revista Firjan Petróleo: Entrevista – Perspectivas do pré-sal brasileiro

O pré-sal, uma das mais importantes descobertas do mercado de P&G do Brasil, continua atrativo. A importância desse polígono foi analisada pelo presidente da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Ibsen Flores Lima. Para ele, o cenário é positivo para se continuar investindo.

Qual é a importância do pré-sal para a produção brasileira?

O polígono do pré-sal está entre as mais importantes descobertas de petróleo e gás natural dos últimos anos. Com ele, aumentamos significativamente a produção no Brasil, remetendo à possibilidade de retomada de crescimento da economia brasileira. Hoje, responde por 48,2% da produção de petróleo operada no país. Na Bacia de Santos, o volume produzido por poço, em torno de 21 mil barris de petróleo por dia, está muito acima da média da indústria. Dos dez poços com maior produção no país, nove estão localizados nessa área. Para se ter uma ideia do seu potencial, a produção diária no pré-sal passou da média de 41 mil barris por dia, em 2010, para 1,29 milhão de barris/dia em julho de 2017, segundo a ANP. Além disso, apresenta vantagem comparativa natural por conta da sua elevada produtividade dos poços, decorrente da alta qualidade dos reservatórios carbonáticos, extensas zonas produtoras de grande espessura e baixo risco exploratório. Isso resulta em menor investimento por unidade de volume recuperado.

Qual é o papel da PPSA na gestão dos contratos de partilha?

A PPSA é responsável pela gestão dos contratos de partilha. Nosso conhecimento e capacidade de gestão é o que garantirá à União os melhores resultados na exploração e produção do pré-sal. A empresa preside o Comitê Operacional, assim como monitora e audita a execução, as despesas operacionais e os custos de capital dos projetos de exploração, avaliação, desenvolvimento da produção e a produção em si. As despesas para recuperação do custo em óleo devem ser aprovadas pela empresa, que ainda realiza as análises técnicas e econômicas dos planos e programas a serem executados pelo consórcio. É importante ressaltar que atuamos em colaboração constante para a tomada das melhores decisões, visto que uma das nossas maiores obrigações legais é maximizar os resultados econômicos do projeto. Esse também é o objetivo final de todos os consorciados; ou seja, todos remamos em uma mesma direção.

Quais são as expectativas de prazos e demandas para o setor industrial?

O cenário é muito positivo e há boas perspectivas em relação ao pré-sal brasileiro. Fizemos importantes avanços na agenda regulatória e temos um calendário de leilões estabelecido até 2019, com mais nove rodadas previstas, o que deve oxigenar o mercado. Tudo isso somado ao respeito a contratos e a um regime fiscal atrativo.

Fonte: Revista Firjan Petróleo

 

 

Com regras mais claras, leilão do pré-sal cria expectativa positiva na economia

Medidas regulatórias injetaram interesse do investidor em áreas de exploração. Expectativa é que exploração renda R$ 100 bilhões em investimentos

Marcado para 27 de outubro, o próximo leilão de áreas de exploração de petróleo no pré-sal gera uma expectativa em diversos setores da economia e dentro do próprio Governo do Brasil. O motivo é simples: essa será a primeira operação feita após mudanças nas regras regulatórias do setor de óleo e gás, sancionadas no ano passado pelo presidente da República, Michel Temer.

A previsão da Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) é que os leilões da próxima semana rendam aproximadamente R$ 100 bilhões em investimentos no País. Entidades do setor acreditam que essa rodada tem capacidade de criar até 500 mil empregos.

Uma das principais mudanças é a possibilidade de a Petrobras poder escolher quais áreas do pré-sal pretende explorar. Antes, a estatal brasileira era obrigada a participar do leilão de todas as áreas com pelo menos 30% de participação de cada consórcio, o que gerou grandes dívidas para a empresa.

Ao mesmo tempo, a medida garante a participação de empresas estrangeiras nos leilões, resultando em competitividade, mais investimentos e maior geração de empregos. “É importante você dissociar a Petrobras do governo. É bom você ter mais petróleo sendo explorado por causa da geração de emprego, para o desenvolvimento do País”, disse o analista da Ativa Investimentos Phillip Soares.

Em artigo publicado no Anuário da Indústria do Petróleo do Rio de Janeiro, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) acredita que os leilões só ocorrem agora por conta das novas regras.

“A alteração da Lei da Partilha, que determinava a participação compulsória da Petrobras em todas as áreas do pré-sal […] foi requisito essencial para a retomada dos leilões na área do pré-sal”, disse a entidade.

Conteúdo Local

Outra medida que gera expectativa positiva é a diminuição da regra de conteúdo local. Criada com a justificativa de fortalecer o mercado interno, ela acabou encarecendo toda a produção, já que algumas empresas nacionais não tinham tecnologia nem mão de obra para suprir a demanda necessária.

“A questão do conteúdo nacional é muito importante porque a gente tinha uma orientação governamental de orientar uma indústria muito presente, sem nenhuma razão para isso”, disse Soares. Para ele, a retirada dessa obrigação ajuda a indústria petrolífera, gerando mais arrecadação, empregos e crescimento do setor.

Para esses leilões, a ANP, responsável por realizar o leilão, registrou e habilitou 24 empresas a fazer ofertas no certame. Entre as companhias que podem participar estão gigantes como a norte-americana ExxonMobil e a Shell.

Fonte: Governo Federal

 

 

 

Folha Dirigida: Divulgados gabaritos preliminares do processo seletivo público

Os gabaritos preliminares das provas objetivas e discursivas do processo seletivo para a Pré-Sal Petróleo (PPSA) foram divulgados na segunda-feira, 9, pelo site da Funrio. Os candidatos que não concordarem com as respostas poderão solicitar recurso entre os dias 13 e 16 de outubro, no site da organizadora. O gabarito definitivo será publicado no dia 24 de outubro.

As provas ocorreram no último final de semana. Os candidatos realizaram a parte objetiva no sábado, 7, e durante cinco horas responderam a 100 questões distribuídas entre Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Raciocínio Lógico e Conhecimentos Específicos. Já no domingo, 8, foram submetidos à prova discursiva, composta por quatro questões de Conhecimentos Específicos.

Será reprovado na prova objetiva o concorrente que não obtiver, no mínimo, 40% da pontuação em cada disciplina ou menos de 50% da pontuação geral prevista. Somente os classificados nessa etapa terão a prova discursiva corrigida.

Resultado da prova objetiva sairá em 26 de outubro

No dia 26 de outubro, será divulgada, na página da Funrio, a relação preliminar das notas da prova objetiva. Entre os dias 27 e 30 do mesmo mês, será possível entrar com recurso contra as notas preliminares, O resultado final da prova objetiva está previsto para dia 8 de novembro. Somente em 10 de novembro, os candidatos poderão consultar quem terá os exames discursivos corrigidos.

Para ser aprovado na parte discursiva, é necessário não zerar a quarta questão e atingir, pelo menos, 50% do total da prova. O resultado final do processo seletivo da PPSA está previsto para 4 de dezembro. O prazo de validade é de dois anos e os aprovados serão contratados pelo regime celetista. Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, diretores da Pré-Sal Petróleo confirmaram concursos para efetivo previsto em 2018.

Fonte: Folha Dirigida

 

 

 

Exame.com: Vagas em estatal dão esperança para quem trabalha com petróleo?

Pré-Sal Petróleo abre concurso para nível superior com salário de até 25 mil reais. O que isso significa para o combalido mercado de trabalho em óleo e gás?

 

7. PetroRio (Foto/Thinkstock)

São Paulo – Os últimos quatro anos não trouxeram uma boa maré para quem trabalha com petróleo e gás no Brasil. Se, em 2013, o BNDES anunciava um investimento de 458 bilhões de reais no setor, 2014, 2015 e 2016 jogaram um balde de água fria nas expectativas do mercado, com a queda do preço do barril de petróleo, a monumental crise da Petrobras e a derrocada da economia brasileira como um todo.

Passada a primeira metade de 2017, porém, os profissionais do setor podem respirar (um pouco) mais aliviados. É o que sugere a abertura de um novo concurso público da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural – Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O presidente da PPSA, Ibsen Flores, anunciou recentemente que prevê iniciar a comercialização do óleo e do gás extraídos do pré-sal em setembro de 2017.

A estatal oferece 15 vagas de nível superior com salário de até 25 mil reais. Os cargos disponíveis são de assistente de planejamento, assistente de gerenciamento de projetos, assistente de exploração e assistente de reservatórios, entre outros.

Os aprovados trabalharão em projetos ligados ao pré-sal por tempo determinado, pelo período máximo de dois anos. Para alguns cargos, é exigida experiência mínima de 15 anos. As inscrições vão até 6 de agosto e podem ser feitas pelo site da Funrio.

Na visão de Raphael Falcão, diretor da consultoria de recrutamento HAYS Experts, a abertura do concurso na PPSA sem dúvida é uma boa notícia para profissionais do setor de óleo e gás, que sofrem com a escassez de oportunidades há anos, mas “esse é só um dos primeiros passos” do mercado na direção da retomada.

“O que é essencial para o reaquecimento da área é a abertura dos órgãos de estatais à iniciativa privada”, afirma Falcão. “Isso começa a aparecer com mudanças internas na Petrobras e na Transpetro, que têm vendido cada vez mais ativos, e esse movimento deve continuar”.

Ainda assim, certas “névoas” continuam rondando o setor. “Nos últimos anos, o governo tem mostrado uma abertura maior para conversar com empresas, mas ainda há incerteza se essa posição será mantida a longo prazo ou não, o que tem grande impacto sobre o desenvolvimento de novos projetos no setor”, explica o diretor da consultoria.

Dança das cadeiras

Embora longe da efervescência de 2013, diz Falcão, o mercado de trabalho no setor está ligeiramente mais aquecido no momento e pode oferecer mais oportunidades no segundo semestre de 2017.

A estabilização do preço do barril de petróleo é um dos motivos para ter esperança, além do choque de gestão que pode mudar a cara da Petrobras, que é atualmente a empresa de petróleo mais endividada do mundo, segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Apesar das incertezas, um estudo da HAYS indica um aumento na contratações de profissionais especializados em óleo e gás com entendimento profundo sobre o mercado local e capacidade de promover uma interface produtiva com empresas do exterior.

Falcão também chama a atenção para uma espécie de “dança das cadeiras” no mercado: o especialista estrangeiro começa a ser substituído por mão de obra nacional. “Até 2013, vinha muita gente de fora, considerada top performer, mas com salários duas ou três vezes mais altos do que a média”, explica o executivo. Diante da atual conjuntura, as empresas agora voltam a preferir os brasileiros.

As posições mais (e menos) procuradas

Segundo o estudo da HAYS, estes são os cargos em alta para 2017 no setor de óleo e gás:

Perfis mais solicitados

Gerente/engenheiro de vendas
Engenheiro offshore para FPSO
Gerente de operações onshore

A alta na contratação de gerentes/engenheiros de vendas tem a ver com a mudança no perfil mais solicitado para ocupar esse cargo. Segundo Falcão, no passado eram priorizados profissionais “com bom networking dentro da Petrobras” e hoje, embora ter bom trânsito na estatal continue sendo importante, as empresas preferem executivos com alto grau de domínio técnico sobre a área.

Já as vagas para engenheiros offshore para FPSO e os gerentes de operações onshore são resultado da abertura desse mercado à iniciativa privada. As oportunidades têm sido criadas sobretudo por novos players que passaram a explorar ativos vendidos pelas estatais.

Por outro lado, estas são as carreiras menos procuradas do momento, ainda segundo a HAYS:

Perfis menos solicitados

Drilling
Serviços para drilling

De acordo com Falcão, as carreiras ligadas à etapa do drilling, ou perfuração, estão em baixa sobretudo porque essa é uma etapa avançada da produção de petróleo – à qual ainda não chegaram a maior parte dos projetos ativos no momento.

“Há um longo ciclo até chegar ao drilling, que inclui a realização de leilão e avaliação da área a ser perfurada”, explica o especialista. Não há projetos suficientemente adiantados para incluir essa etapa porque o processo de reaquecimento do mercado só está começando.

Exame.com

Por Claudia Gasparini