Mesa de debate composta só por mulheres discute participação do petróleo e gás natural na transição energética

Moderado pela presidente interina da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Tabita Loureiro, painel discutiu realidade brasileira e cenários das próximas décadas

O Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), promoveu uma mesa de debates para discutir o papel do setor de petróleo e gás natural para a transição energética com dados e fatos sobre a produção, arrecadação, descarbonização e outros indicadores importantes. Mediado pela diretora técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, o debate realizado nesta quarta-feira (24/04) contou com a participação de representantes da EPE, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras.

Questionada sobre a realidade brasileira e cenários previstos para as próximas décadas, a diretora de Transição Energética e Mudança do Clima do BNDES, Luciana Costa, apontou que a maior parte das emissões do Brasil vem da mudança de destinação do uso da terra e floresta e da agropecuária. “Para alcançar as metas de zerar as emissões, o Brasil precisa zerar o desmatamento ilegal até 2028. Cumprindo com esses esforços, o país pode se tornar carbono negativo antes de 2040. O Brasil vai proteger o meio ambiente, a Amazônia e cumprir o Acordo de Paris e, ainda assim, continuará produzindo petróleo e gás, que têm uma grande implicação para a nossa balança comercial e arrecadação”, disse a diretora do BNDES.

A diretora de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, Heloísa Borges, explicou como o país pode conciliar zero emissões líquidas de gases do efeito estufa com a manutenção e mesmo a ampliação da produção de energéticos fósseis. “Cada país tem um orçamento de emissões para que entregue sua neutralidade em 2050. Considerando as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, em inglês), o Brasil consegue zerar suas emissões mesmo produzindo de quatro a cinco milhões de barris de petróleo por dia. Como o óleo brasileiro tem menor pegada de carbono, conseguimos ser mais competitivos não só em relação a custo, mas também em termos de emissões”, destacou a diretora da EPE.

Outro ponto abordado diz respeito à atratividade e retenção de talentos do setor. Para tratar desse tema, a conselheira eleita pelos trabalhadores da Petrobras, Rosângela Buzanelli, explicou como a tecnologia tem se tornado aliada para a otimização dos processos. “Uma das atividades mais perigosas é o mergulho profundo saturado que a indústria do petróleo precisa fazer para garantir a manutenção e integridade das instalações. Recentemente, começamos a operar com robôs e inteligência artificial para realizar o serviço e os mergulhadores serão treinados para operar esses robôs. A tecnologia tem que servir a esse propósito: o benefício humano”, reforçou a conselheira da companhia.

Durante sua participação no seminário, Tabita Loureiro ressaltou a importância do país manter os investimentos no setor de óleo e gás, garantindo a segurança energética do Brasil. Ela ressaltou o número mostrado pela EPE de que as emissões do upstream representam apenas 1% do total de emissões de GEE do Brasil. Mesmo assim, ela enfatizou que a indústria tem trabalhado para continuar descarbonizando suas atividades e lembrou que o óleo do Brasil, em particular do pré-sal, é diferenciado, conhecido por ter uma tríplice resiliência (técnica, econômica e ambiental).
“Se a gente continuar produzindo um óleo de tríplice resiliência existe espaço no inventário de emissões para a gente ser um importante fornecedor mundial de petróleo na transição energética, e ainda assim ser carbono neutro no Brasil.”, destacou Tabita.

Os Diretores Evamar Santos e Samir Awad prestigiaram o evento, que contou com a participação de diversas lideranças do setor de energia.

PPSA integra grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo no mercado global

Nesta segunda-feira (15/04), o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para monitorar o preço do petróleo diante do conflito no Oriente Médio. Representada pela Assessora de Planejamento Estratégico, Leandra Ribeiro, e pelo Coordenador de comercialização de petróleo e gás natural, Nilo Carvalho, a PPSA fará parte da equipe de monitoramento. O grupo conta com a participação de técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Além desses participantes, também serão convidados representantes do setor privado.

O Ministro afirma a importância de estar atento aos valores da commodity, tendo em vista o impacto do petróleo no preço dos combustíveis na atividade industrial e índices de inflação em toda a economia global. “Estamos vigilantes sobre o assunto e, por isso, determinei a criação de um grupo de trabalho para monitorar a oscilação do preço do petróleo Brent, de modo que possamos agir, dispondo dos mecanismos que já temos à disposição, respeitando sempre a governança das empresas que atuam no Brasil”, pontuou Alexandre Silveira.

O grupo produzirá relatórios diários sobre os preços do petróleo, tanto na cotação em dólar (moeda em que o produto é negociado), quanto em real. A medida visa dar o diagnóstico direcionado à realidade brasileira, que está exposta tanto pela variação do preço do barril quanto pela moeda estadunidense. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a publicação da portaria instituindo o GT no Diário Oficial da União (DOU) acontecerá nos próximos dias.


 

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Parcela de petróleo da União é de 50 mil barris por dia em fevereiro

 

 

 

 

 


Campo de Búzios bate a marca de 1 bilhão de barris de óleo produzidos desde que começou a operar

Parcela de petróleo da União é de 50 mil barris por dia em fevereiro

A parcela de petróleo da União, no mês de fevereiro, registrou 50 mil barris por dia nos oito contratos de partilha que estão em produção e também nas jazidas compartilhadas de Tupi e Atapu (área ainda não contratada). No mesmo mês, a União teve direito a uma produção de 88 mil m³ de gás natural por dia, oriundos de cinco contratos de partilha e da jazida compartilhada de Tupi. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) no Boletim de Produção divulgado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA).

Contratos de partilha de produção

Observando-se apenas os contratos de partilha, a produção total média dos oito contratos foi de 990 mil barris por dia. O resultado foi 2% menor que o mês anterior, em função da parada programada nos navios-plataforma FPSO Pioneiro de Libra e Cidade de São Paulo. O Campo de Búzios segue sendo o maior produtor em regime de partilha com 496,65 mil bpd, seguido de Mero (239,37 mil bpd) e Sépia (98,73 mil bpd).

Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha de produção é de 726,17 milhões de barris de petróleo. A parcela acumulada da União, desde então, é de 40,28 milhões de barris de petróleo.

Em fevereiro, cinco contratos disponibilizaram para o mercado o gás natural: Búzios, Sépia, Sapinhoá, Tartaruga Verde e Espadim, com média diária de 3,49 milhões de m³. Búzios foi o maior exportador, com 3,12 milhões de m³/dia, o que corresponde a 89% do total.

Desde 2017, a produção acumulada soma 2,06 bilhões de m³ de gás natural com aproveitamento comercial, sendo 185 milhões de m³ da União.

Acesse aqui o boletim.

Campo de Búzios bate a marca de 1 bilhão de barris de óleo produzidos desde que começou a operar

O Campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas, alcançou a marca de 1 bilhão de barris de óleo produzido, no último dia 31 de março. O campo é operado pela Petrobras em consórcio com as empresas CNOOC, CNODC. A PPSA é a gestora do contrato. A produção soma o resultado das cinco unidades em operação, nos FPSOs P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso desde 2018.

E olhando para frente, os números tendem a crescer ainda mais. Com novos sistemas de produção que serão instalados nos próximos anos, a capacidade do campo será elevada para a casa dos 2 milhões de barris de óleo por dia até 2030.

Em junho do ano passado, Búzios já havia registrado a produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente – que considera óleo em barris somado à produção de gás, convertida para barris equivalentes de óleo (boe).

Resultados positivos

Localizado a 180 km da costa, o campo de Búzios coleciona resultados positivos, além dos poços mais produtivos do país, a mais de 2 mil metros de profundidade. A espessura de seu reservatório tem a mesma altura que o Pão de Açúcar – e sua extensão corresponde a mais que o dobro que a Baía de Guanabara.

Em 2020, a Petrobras ganhou o Prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) pelo conjunto de tecnologias desenvolvidas para tornar viável a produção em Búzios. As soluções de última geração utilizadas por ali aumentaram a eficiência do campo, impulsionaram sua produção, além de reduzir custos de forma consistente.

PPSA vai lançar, em breve, seu Programa de Estágio

Pela primeira vez, a Pré-Sal Petróleo (PPSA) vai lançar seu Programa de Estágio de forma unificada. O processo seletivo vai oferecer vagas destinadas a jovens de diferentes áreas de formação. Ao ingressarem na empresa, eles terão a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, além de aprofundar conhecimentos sobre o setor de óleo e gás.

A realização do programa será em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), organização do terceiro setor que venceu a licitação recém-realizada pela PPSA para contratação de agente integrador.

Os estagiários terão a oportunidade de atuar tanto nas áreas finalísticas da empresa – gestão dos contratos de partilha de produção, gestão da comercialização de petróleo e gás natural e representação da União nos acordos de individualização da produção (AIP) -, quanto nos setores de apoio.

A PPSA anunciará a abertura das inscrições para o Programa de Estágio em breve.

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Fundada em 2013, a PPSA é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Para alcançar nossos objetivos, priorizamos a eficiência na gestão, por isso, investimos continuamente em melhoria de processos e contamos com profissionais altamente qualificados, com grande experiência na indústria de óleo e gás.

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Regime de partilha alcança a produção de 1 milhão de barris por dia de petróleo

A produção média dos contratos de partilha, no mês de novembro, atingiu a marca histórica de 1 milhão de barris por dia (bpd), um aumento de 6% em relação ao mês anterior, em função da estabilidade operacional nas plataformas. O campo de Búzios foi o principal produtor, responsável por 526,81 mil bpd, seguido de Mero (219,90 mil bpd) e Sépia (99,85 mil bpd).

Deste total, 52 mil bpd foram de direito da União, provenientes dos oito contratos de partilha de produção e dos acordos de individualização da produção (AIPs) de Atapu e Tupi.

Os dados foram divulgados no Boletim de Produção da Pré-Sal Petróleo (PPSA) nesta terça-feira (16). Para a presidente interina da estatal, Tabita Loureiro, o resultado é uma marca importante para o regime de partilha no Brasil. “Esse resultado de 1 milhão de barris por dia é um marco para o regime de partilha, que já representa 27% da produção nacional. A produção do Brasil entre dezembro de 2022 e novembro de 2023 cresceu 20%, impulsionada também pelos resultados dos contratos de partilha, cuja produção cresceu 32% no mesmo período. Nossa previsão é de ultrapassar os 2 milhões de barris por dia em 2029, considerando apenas os nove contratos comerciais”, destacou Tabita.

Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha de produção é de 635 milhões de barris de petróleo, sendo 35,79 milhões de barris da União.

Gás natural

Cinco contratos produzem gás natural com aproveitamento comercial, com média de 2,6 milhões de m³/dia, sendo a maior parte (2,06 milhões) proveniente de Búzios. O resultado é mais que o dobro do mês anterior, devido ao retorno da exportação da P-77, em Búzios, e aproveitamento de janela de exportação em Sépia, com o FPSO Carioca.

 Desde 2017, a produção acumulada soma 1,74 bilhão de m³ de gás natural com aproveitamento comercial, sendo 177,1 milhões de m³ da União.

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